Pseudo resenha do show do Story of the Year - 17/08 @ Carioca Club

Certo, sobre o show do Story of the Year.
Era para ser uma resenha mas vai ser um relato pessoal de um momento único da minha vida.

Prefiro começar este texto um pouco antes do ultimo sábado. Algo como o final de 2004.
No auge do orkut e da ascenção daquela modinha do Emocore e afins, eu passava boa parte do meu tempo garimpando bandas que me agradassem e, acreditem, era muito díficil achar algo relevante.
Naquela época meu gosto músical não era dos melhores, mas eu já tinha uma noção do que era fora do comum. Ouvi muita gente falando dessa banda e resolvi conferir.
A príncipio eu tinha baixado "Until the day I die" e "Anthem of your diyng day" no kazaa (se você nunca usou isso, nunca saberá qual a sensação de achar que uma música é de 10 bandas diferentes), e não me agradou de primeira, achei bem normal.

Passou um tempo e, em uma comunidade aleatória de alguma banda que eu não me lembro, disseram que Story of the Year tinha a melhor presença de palco das bandas do estilo. Naquela época o Adam Lazzara do Taking Back Sunday girando o microfone e cantando de ponta cabeça era a coisa mais foda do mundo (ok, eu ainda acho), mas nunca tinha visto 5 caras tão cheios de energia em cima de um palco.
Eu finalmente baixei um video ao vivo deles para ver o que era tão incrível nessa banda, baixei "In the shadows" no Pepsi Smash, quando eu terminei de assistir eu pensei: "Que porra é essa que eu acabei de ver?".
Sim, meu conceito de presença de palco mudou totalmente depois que eu conheci Story of the Year de verdade.
Após isso, veio a onda de upar cds completos nos sites de armazenamento de arquivos, hoje carinhosamente apelidados de "nuvem". Baixei o  Page Avenue e, novamente, fui surpreendido. Meu conceito sobre a banda havia mudado de novo.
No começo eu achei que era uma banda puramente baseado nas macaquices que eles faziam no palco, e ai eu me deparo com músicas como "Razorblades", "Burning Years" e até a baladinha "Sidewalks", e via nelas um nível técnico muito sofisticado para a época. Riffs fodas, arranjos fodas, letras fodas. Uma sonoridade incrível. A minha favorita era a faixa título, eu adorava o riff da introdução. Até hoje é um dos cds favoritos e continua fazendo muito sentido pra mim.

Em 2009 eu finalmente tive a chance de ver eles, mas não do jeito que eu queria. Por questões financeiras eu só consegui ir no show acústico que teve no hangar, perdi a cereja do bolo.

O tempo passou e eu sofri calado.

No começo do ano minha irmã me deu a notícia de que ia ter um show do Story of the Year e eu dei pulos de felicidade. A felicidade só foi maior quando eu vi que era o show da turnê de aniversário do
Page Avenue e que eles iam tocar ele inteiro. Não perderia isso por nada.

Meses depois, chegou o grande dia!
Cheguei por volta das 19:30 no carioca (dormi demais no dia) e tinha perdido a banda de abertura. Parecia legal pelo pouco que eu pesquisei, mas tenho certeza de que não prenderia tanto a minha atenção quanto o que estava por vir.

As cortinas se abrem e começa com "And the hero will drown". Nos primeiros 4 minutos de show já tinha rolado voadora no ar, guitarras girando, pulos sincronizados. Eles não param um segundo.
Nas primeiras músicas, muita energia, muito daquilo que eu esperava. Claro que eles cansam, ainda mais em um show de mais de 20 músicas, e com o tempo eles começaram a maneirar nas acrobacias, mas em nenhum momento pararam de se movimentar e interagir com o público. O público foi outro ponto alto do show: Casa lotada, todo mundo cantando as músicas, todo mundo pulando, batendo palmas, se matando na roda. Simplismente fenômenal.
Quando eles pararam para falar um pouco com o público, a galera pedia em peso "Take me back". Rolou "The Ghost of You and I" e em seguida a música que a galera tinha requisitado.
Todo mundo sabia que ia rolar o cd inteiro, mas fizeram questão de que a banda saísse sabendo quais eram nossas músicas favoritas.
No palco, eu via uma banda sem medo nenhum de ser extraordinária, sem medo nenhum do palco. Até quando eles erravam alguma coisinha eles se saiam bem, por exemplo, o Adam derrubou o pedestal do microfone e pediu pra alguém da platéia segurar enquanto ele se abaixava para cantar.
Depois de Stereo, que é um som foda, rolou uma sequência matadora de sons do Page Avenue, incluíndo a minha faixa favorita. Nessa sequência também veio uma das minhas decepções: Não tocaram a versão original de "Razorblades". A versão que eles tocaram não foi ruim, mas a original é imbátivel, uma das músicas mais legais para se tocar ao vivo e eles tocaram uma versão quase acústica.
Na sequência ainda rolou "The Antidote" e "Wake Up", para dar aquela lembrada da época em que eu estava ouvindo o The Black Swan diariamente, "In the Shadows" com aquela performace épica e um mortal monstro do Phill Sneed" e "Is This My Fate?" He Asked Them", pra dar um tapa na cara de quem achava que era pouco e lembrar daquela boa fase do In the Wake of Determination.

No Encore, mais surpresas: Após ameaçar o riff de "Sweet Child 'o Mine" do Guns'n'Roses, começa uma medley das bandas que estouraram na mesma época.
A primeira foi "Ocean Avenue" do Yellowcard, seguida de "Cute Without the E" do Taking Back Sunday (minha banda favorita, imagina se eu não gostei da escolha), "I'm Not Okay" do My Chemical Romance e pra finalizar "The Taste of Ink" do The Used. Que noite nostalgica!

Um pouco antes de começar a última música, que a essa altura todos já sabiam qual era, Dan Marsala "É a última música, mas nos tocamos um monte de músicas", ai eu me dei conta do quão longo havia sido o show.
Rolou "Until the Day I Day", e eu me pegava cantando bem alto a música que lá no começo eu havia feito pouco dela.

Resumindo: Um dos melhores shows que eu vi na minha vida.

Eu não lembro o setlist na ordem certa, então peguei a cola na setlist.fm, confiram mais abaixo:

And the Hero Will Drown
Falling Down
Dive Right In
Our Time Is Now
The Ghost of You and I
Anthem of Our Dying Day
Take Me Back
Swallow the Knife
Stereo
Burning Years
Page Avenue
Razorblades
Sidewalks
Pale Blue Dot (Interlude)
The Antidote
Divide and Conquer
I'm Alive
Wake Up
In the Shadows
"Is This My Fate?" He Asked Them
Encore:
Choose Your Fate
Ocean Avenue / Cute Without the "E" / I'm Not Okay / The Taste of Ink
Until the Day I Die

Como eu disse no começo, era para ser uma resenha e virou um relato totalmente parcial, mas aposto que você sentiria o mesmo se estivesse lá. Se esteve, aposto que concorda com o que eu disse!

Palavras de Rodrigo Heshiki.
Share on Google Plus

About adm-phcbr

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.

0 comentários :

Postar um comentário