Guarulhos Brutal Massacre II – 13 de Outubro
Não é uma resenha sobre todas as bandas que tocaram, mas sim
um breve relato do que pude assistir do belo festival que pude prestigiar.
Enquanto no domingo alguns amigos meus estavam indo rumo ao
Inferno Club, para o show do Zander, após o futsal sagrado de todo domingo ali
pela zona leste, eram quase 16hs e eu estava no Terminal Metrô Penha pegando o
busão rumo ao Rancho em Guarulhos, local que até então eu nunca tinha ido.
Passaram-se menos de 15 minutos e lá estava eu chegando no momento exato em que
a banda goiana Aurora Rules estava no palco. A estrutura do Rancho é boa, tinha
espaço sobrando e nada de longas filas no bar (algo que eu dou muita
importância). Vi pouca coisa da Aurora Rules, mas o pouco que vi foi o
suficiente para comprovar que os caras são bons no que fazem.
Não sei ao bem qual a
ordem das bandas que vieram posteriormente, mas se eu não me engano a segunda
banda que vi, foi a Savant Inc., os representantes da terrinha tocaram músicas
antigas, músicas do EP Hibrido e também uma música nova, o público animado e
cantando em sintonia com a banda todas as músicas, foi um ótimo show e os caras
tem uma boa presença de palco. Foi o primeiro show do Wallace Oliveira como integrante
desde que ele entrou para ser guitarrista da banda.
Depois veio uma das atrações mais esperadas por mim, A
Última Theoria, e os caras começaram causando e quase foram retirados do palco,
mas nada que depois de um breve diálogo estivesse tudo resolvido. Prejudicados
pela má vontade do cara da mesa de som, os caras fizeram o melhor possível em
cima do palco, tocaram suas músicas com o público apoiando em todos os momentos
e o Paulo recebia aplausos a cada mini-discurso que fazia a cada intervalo de
canção. Pós-show, tive a oportunidade de
parabenizar e conversar com cada integrante da banda, eles que são muito
humildes e gente boa pra caralho.
Logo após veio uma dobradinha de peso da cena underground
paulistana, John Wayne, que arrasta um bom e fiel público aonde quer que toquem,
e os monstros do Project 46. Sim, são esses os monstros que irão representar o
Brasil na próxima edição do Monsters of Rock que irá rolar no Anhembi em SP. Digo
isso porque os caras mandam bem demais, um puta show enérgico, somente com
altos e sem baixos, pancada e com a mesma pegada do início até o fim, um show para
nenhum gringo botar defeito. A mescla do
Metal com a atitude do Hardcore resolveu aparecer e estava sendo executada da
melhor forma possível, o vocalista parecia estar com “sangue nos zóio”, cantava
com uma puta vontade e andava pra lá e pra cá, como querendo libertar algo dentro
de si, e não era apenas impressão pois isso ele prometeu fazer lá em cima do
palco no Monsters, a bateria incrível e destruidora, juntamente de riffs e
solos de guitarras que eram aclamados pelo público. Com certeza foi um dos
melhores shows da noite. Rolou até um agradecimento ao público pela força e por
terem colocados o Project 46 no Monsters of Rock.
Se tratamos o Project 46 como “monstros”, poderíamos tratar
a próxima e última atração da noite como “dinossauros”, ou não!¿ Isso não
importa, o que importa é que enfim uma das bandas mais influentes da cena
underground, com mais de 14 anos de carreira, inúmeras viagens para tocar fora
do Brasil, talvez uma das, se não a melhor que mescla a sonoridade do Metal com
a atitude do Hardcore também no som e principalmente nas letras, a banda
Confronto subia ao palco para o show de lançamento do 4º álbum da carreira, intitulado “Imortal”.
Apesar de uma parte do público ter vazado (a molecada que diz curtir e apoiar a
cena, algo lamentável pq essa gente não representa e não faz falta alguma ao
underground), quem ficou pode presenciar outro dos melhores shows da noite, o
público representou e respondeu de forma positiva cada música do novo álbum
executada pelo Confronto. A galera cantou junto com o Felipe todas as letras da
músicas antigas incluídas no setlist, e ainda rolava muita dança e muito mosh
ali no meio do público. O “Claytão”, organizador do festival, foi um show à
parte durante a performance do Confronto, o cara não parava um segundo e do seu
jeito estava curtindo muito o show dos caras. No meio da apresentação rolou um
agradecimento do Confronto para as bandas de abertura, eu destaco os caras da A
Última Theoria, que estavam todos ali no meio do público curtindo e cantando, e
quando estiveram em cima do palco demonstraram o seu respeito citando o
Confronto como uma das influências no som dos caras.
E assim encerrou-se a noite, um clima de harmonia e alma
lavada. Um festival de domingo muito bem organizado e com um line-up muito bem
escolhido. A todos que ficaram até o final pro show do Confronto, os meus
parabéns, essa é a cena que se mostra verdadeira. Aos que não ficaram, se tiveram motivos para
tal situação, tudo bem, caso você não teve, só lamentos. A cena não é a roupa (merchan)
e nem o cabelo que você usa.
Espero ter feito um resuminho bacana do que foi o festival.
Vida longa ao xConfrontox.
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