Confira a entrevista logo abaixo:
Primeiramente, quanto tempo existe o projeto Art Fullout e como ele surgiu?
Entre 2001 e 2002 eu tocava em 3 bandas e tinha acabado de comprar um PC Pentuin II, com uma placa Sound Blaster e um Cakewalk Pro Audio instalado. Era de longe a máquina mais tosca para produzir musica, mas pra mim era o equivalente ao PS1 pros jovens da época, enfim… comecei a fazer gravações toscas, com microfones de kit multimedia e plugando a guitarra na placa com um p10/p2, eu tinha tanto tempo livre que saía uma musica por noite, claro que eram apenas demos, que eu mandava pros caras das bandas, algumas vingaram, foram gravadas, viraram discos, porém outras que por mais que eu gostasse tanto delas eles simplesmente diziam "isso ae tá uma merda", rs! aí então surgiu o Art Fullout, de tudo que era rejeitado entre as composições que eu tentava empurrar para as bandas que eu
tocava.
Você vem de bandas relativamente mais pesadas do que o som que a Art Fullout. Gostaríamos de saber quais influências que você mais incorporou no projeto e quais você tentou evitar para não comprometer a ideia original?
No Art Fullout eu meio que faço o que eu estou curtindo no momento, esse projeto já foi totalmente eletrônico, fiz um show nesse formato numa seletiva pro Festival Mada, com o Dek e o Castilho que tocam comigo no Skore, mas logo depois eu tava gostando muito de Explosions in The Sky, então apareceram as guitarras+delays+reverbs. Numa fase da vida eu escutava o dia inteiro o "Ladies and Gentlemen We're Floating in Space" do Spiritualized, então quis deixar tudo um pouco mais lento e como sempre fui muito fã do Team Sleep do Chino moreno, tinha que ter voz com efeitos de radinho, distorcido, phaser… e foi por ai, ouvindo coisas assim, que eu me empolgava em fazer musicas um pouco diferentes das musicas que tocava com minhas outras bandas, mas mesmo assim eu tentava empurrar no Skore, no Aive ou no Amocs.
Como funciona o processo de criação das músicas?
Hoje não tenho o tempo livre que tinha na época do Pentiun II, mas por outro lado trabalho num estúdio, chamado Arpx, onde no meu tempo livre tenho toda a liberdade para usar o estúdio como bem entender, geralmente eu fico um pouco depois do trabalho ou vou num final de semana, plugo uma guitarra e saindo algo bom eu termino de produzir o restante da música nos dias seguintes. Na musica "Vanila Sky" tem um baixo que o Dek (Skore) fez, nada combinado, ele apareceu pra me buscar no estúdio, estávamos indo para um show do Skore e eu pedi pra ele gravar e foi, e na versão acústica de Columbia o violão é do Luis "Say Hello", que tocou comigo no Aive.
Tem algum elemento da Art Fullout que você não utilizou em seus outros projetos por incompatibilidade ou por não ter espaço? Se sim, qual?
Todos os elementos!! haha! O pessoal no Skore não gosta de melodias graves e "pra baixo", na época do Aive a banda já tinha tantas musicas lentas e arrastadas que no final não cabiam mais coisas parecidas. No Art Fullout não ligo muito para as coisas sairem iguais ou pra baixo, do jeito que sair saiu, não fico anos quebrando a cabeça para criar a musica mais original do mundo, não tenho essa pretensão no Art.
O que você anda escutando ultimamente?
La Dispute, Rites Of Spring, TCTC, Copaleand, as vezes as mesmas coisas de anos atrás, que quando você ouve anos depois, escuta sempre algo novo, por isso o "OK Computer" do Radiohead sempre volta a tocar.
Quais são os planos para a Art Fullout?
Bom, estou morando em São Paulo agora, ares novos, pretendo tirar um pouco o projeto da internet e fazer uns shows pequenos por aqui, então fiquem ligados na fanpage, adicionem o perfil da banda e aguardem novidades. Até lá ouçam as musicas "rejeitadas" no nosso Soundcloud.
Fanpage: https://www.facebook.com/oficialartfullout
Facebook: https://www.facebook.com/artfulloutart
Soundcloud: https://soundcloud.com/artfullout
Muito bom!
ResponderExcluir