PHCBR entrevista: Gustavo, baixista do Os Catalépticos


Após 11 anos desde o encerramento das atividades, uma das maiores bandas de Psychobilly mundial voltou a ativa:
Os Catalépticos
Ano passado se apresentando nos Estados Unidos e um show no Brasil decretou a volta da banda. E esse ano é uma das principais atrações do Psycho Carnival.
Confiram a conversa que tivemos com o Gustavo sobre esse retorno da banda.


Gostaria de iniciar essa conversa com um bem-vindos aos palcos novamente com esse retorno da banda, que fez muita falta.
Muito obrigado!

E falando sobre esse retorno, a ideia surgiu no lançamento do Little Bits em vinil no Pyscho Carnival de 2017? E como foi esse reencontro depois de anos?
Foi muito natural, agradável. Embora o Coxa e o Vlad tenham permanecido em contato eu (Gustavo) saí de cena. Fui cuidar da minha vida, de minha família e filhos. Nos encontramos como se nunca tivéssemos nos afastado. Sempre houve muita afinidade e respeito entre nós três, e esse sentimento permaneceu durante todos esses anos.  




No meio de 2017 vocês anunciaram os shows de reunião para Novembro, sendo dois em Los Angeles e um show em Curitiba. Como foi a sensação desse preparo até os shows depois de 11 anos?
Complementando o que eu disse na resposta anterior, nós sentimos isso da mesma forma quando voltamos a ensaiar. Fazia 10 anos que eu não tocava o baixo acústico, esse era o maior desafio. Mas veio tudo muito rápido. Pedi a eles um mês para me ambientar com o instrumento. Depois disso nos reunimos e tocamos como se nunca tivéssemos parado. Ou quase isso. Um esquecimento ou outro, mas tudo saía como deveria. Foi sensacional. Uma grande surpresa para mim.

Com ingressos desses shows acabando de forma rápida e tendo um público que esperava ver vocês no palco, a recepção nesses shows foi a melhor possível? Como foram esses shows? 
Foi a melhor possível sim. Como eu estava alheio a tudo isso, imaginava que já tínhamos sido esquecidos. Me surpreendeu o fato de que ainda tinha gente que se lembrava de nós. Quando o jogo de fato começou, com a divulgação da volta e venda de ingressos, achei até que era brincadeira. Vendemos o show do Jokers em três semanas, dois meses antes do evento e o mesmo ocorreu nos Estados Unidos, com mais de 1800 pessoas lotando uma grande casa que é o Observatory. Foi sensacional.

Agora em 2018, temos o Psycho Carnival e vocês serão uma das grandes atrações desse que é um dos maiores festivais de pyschobilly da América do Sul. O que os fãs podem esperar nesse show?
A banda acabou em 2006 em um Psycho Carnival. Esse reencontro é muito significativo. Embora a novidade do retorno tenha se exaurido nos shows do ano passado, a pegada dos ensaios nesse ano foi mais intensa. É como se tivéssemos passado pelo desafio com os shows do ano passado, e finalmente alcançamos uma zona de conforto que nos deixa com a liberdade suficiente para tocarmos sem obrigação e com muito prazer. É isso que faremos no Festival. Sabemos que perdemos 11 anos de juventude nessa parada e é isso que queremos recuperar. Queremos descer a porrada como fazíamos em 2006.




E falando de shows, podemos esperar shows em outras cidades do Brasil? Já possuem algo agendado?
Acho que não chegaremos a isso. Acordamos em manter a banda de uma forma diferente, tocando 3, 4 vezes ao ano, de preferência uma no Brasil e as outras na Europa e nos Estados Unidos. Gostaríamos de valorizar a apresentação e nos esforçaremos em dar o sangue nos poucos shows que faremos. Valerá a pena. 

Em uma das postagens no facebook da banda, falaram sobre material novo. Seria algum material que tinham de antes ou serão músicas totalmente novas? 
Ambos. Temos muita vontade de trabalharmos em material novo. E nele nada impede que ressuscitemos alguns clássicos do passado – ainda que sejam de algumas bandas antigas em que tocamos, tais como Missionários ou Cervejas. O desafio é vencer a preguiça de gente velha como nós e começarmos a mandar bala.

Além do lançamento numerado do Litte Bits em vinil, as camisetas, adesivo e patch com novas artes, que ficaram muito boas, a banda pensa em relançamento de algum outro material? 
Estamos com uma bala na agulha para o Psycho Carnival. Um novo relançamento em vinil. Mas isso é o máximo que eu posso falar. Tomara que dê certo !

Muito obrigado pela conversa, esperamos que essa reunião dure por muito tempo!
Nós que agradecemos !


OBS: Após a entrevista a banda divulgou o lançamento em vinil do clássico álbum One More Tattoo:



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About Thiago Ferraz

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