Domingo, 31 de agosto de 2014, um
dia histórico para todos os fãs brasileiros da Anberlin. Neste dia, a banda americana fez oficialmente
o seu último show (ou não) em terras tupiniquins. Quando, no começo do ano, foi anunciado que a
banda iniciaria seu ato final (último álbum e última turnê mundial), houve
muita apreensão por parte dos fãs se a turnê passaria ou não por aqui. Após a
confirmação de três datas (Porto Alegre, Curitiba e são Paulo), coube aos
aficcionados (entre eles, eu) comemorar, comprar o ingresso e esperar. Eis que o
grande dia havia chegado. Vamos ao show!
Cheguei por volta das 17h ao Carioca Club e a fila já
dobrava o quarteirão. A casa abriu
pontualmente às 18h e, por volta das 19h, Rodrigo Tavares (Esteban) e sua banda
subiram ao palco do Carioca Club. Naquele momento muita gente ainda entrava, e
quem estava lá teve a chance de ver um show curto, porém muito bom. O vocalista, multi-instrumentista e, nas
horas vagas, torcedor do Colorado gaúcho tocou seus maiores sucessos, sendo bem
recebido pelo público presente (a maioria deles, fãs da Fresno que arriscavam
algumas músicas no violão). Deste
primeiro show, destaco a formação peculiar da banda com o carismático Paulinho
Goulart no acordeom e a participação de Stephen Christian,
vocalista do Anberlin, em Follow.
A Fresno subiu ao palco por volta
das 20h e a esta altura a maioria do público já havia entrado. Para quem gosta da banda, o show foi um
petardo. Misturando alguns de seus antigos clássicos com canções da nova fase
independente, a Fresno levantou o
público e fez muita gente se emocionar. Os
gaúchos abriram o show com “À prova de balas” para delírio da sua fiel base de
fãs que, por sua parte, cantava todas as letras de cor. Destaque para o bonito
coro em Redenção e para o combo Milonga,
Quebre as Correntes e Revanche, terminando o show com um
ensaio de bate-cabeça. Gostaria de fazer um adendo e mencionar o incrível dualismo
amor/ódio que a Fresno consegue despertar nos fãs de rock. A relação destes
para com a banda tende a ser sempre 8 ou 80. No entanto, com exceção dos fãs mais ortodoxos da
Anberlin, o show foi muito bem recebido.
Lamento que muitos desses, não saibam da amizade e admiração mútua que existe entre Esteban, Fresno e os músicos
americanos. Vale lembrar que a relação
da Anberlin com o Brasil se deve muito aos esforços feitos por Lucas Silveira e
Rodrigo Tavares para uma turnê nacional da banda, pela primeira vez, alguns anos atrás.
Estava chegando então a hora do
prato principal. A emoção já tomava conta do Carioca Club e o clima de
despedida era inevitável. Após quase uma
hora de espera, a banda da Flórida sobe ao palco para iniciar os trabalhos com
um combo matador, Paperthin Hymn, We Owe This To Ourselves e Self-Starter. O show seguiu numa “pegada Ramones”, sem
muita interação com o público mas com muita felicidade no palco e na pista, com
a banda repetindo o setlist de Porto Alegre até a sétima música, Other Side.
Stephen Christian abriu a segunda
parte do show com um discurso emocionado e sincero sobre a relação da banda com
o Brasil e com os músicos da Fresno. Era
nítida a satisfação dos americanos em estar ali, diferentemente da fria turnê
anterior. O show prosseguiu em perfeita sintonia entre banda e público e com a
idolátrica (e um tanto quanto atrapalhada) participação de Tavares e Lucas em The Unwindling Cable Car. Para fechar o
“bloco”, destaco Dance, Dance Christa Paffgen
(atendendo ao pedido dos fanáticos da Igreja Anberlina) e as belíssimas Breaking
e Impossible
(arriscando lágrimas e dancinhas deste
que escreve).
Neste momento, o clima nostálgico
de um show que beirou a perfeição já tomava o Carioca Club em sua lotação
máxima. Para fechar esta inesquecível noite, a Anberlin mandou uma sequência para
ninguém botar defeito, The Resistance,
Godspeed e Feel
Good Drag (com direito a um passeio de Stephen Christian nos braços da galera). O tradicional bis finalizou
os trabalhos com a bela e longa (*Fin),
gerando saudade antecipada e êxtase por um repertório carinhosamente escolhido
e pela sintonia afinada entre banda e fãs.
Quem viu, viu. Quem não viu, cruze os dedos como no logo da
banda e reze para que a Anberlin volte atrás em sua decisão.
Autor: Cold
Boa tarde!
ResponderExcluirFui no de Porto Alegre e bah, que show, que show! Show perfeito, vai ficar na lembrança.
Quando tu disse que eles tocaram Dance, Dance Christa Paffgen me deu uma leve inveja, mas bem de leve, porque eu quis muito ver/ouvir essa por aqui. O show foi numa intensidade né, os caras tocando com o gás todo, performance perfeita, coisa linda de se ver.
Sorte nossa e de quem mais pôde presenciar esse momento. Eu já tinha ido no de 2010 por aqui também, mas esse foi incrível.
Já ficou saudade mesmo, baita banda.
Saudações!
Fiquei sabendo que o Tavares ficou badernando no meio do público durante o show do Anberlin... Ficava empurrando as pessoas e enchendo o saco...
ResponderExcluirFoi o que me disseram