Oi galera! Meu nome é Valéria e gosto de música desde que desenvolvi consciência, haha. Sou a mais nova colaboradora do posthcbr e espero contribuir com vocês que compartilham do mesmo gosto musical e também com quem não compartilha, para que assim possam conhecer novas bandas.
Recentemente entrevistei a banda argentina Vientos, nossos hermanos estavam em turnê e fizeram alguns shows pelo Brasil. Tive a oportunidade de conversar com os rapazes no estúdio MEA, mas nossa entrevista rolou por e-mail, pois eles tiveram que viajar para Santos e infelizmente não conseguimos fazê-la por vídeo.
Segue o bate papo com o vocalista Adrian:
Val: Se divertiram no Brasil?
Adrian: Ficamos muito bem, nos divertimos muito com velhos e novos amigos.
Val: Vocês aprenderam alguma palavra em português?
Adrian: Aprendemos muitas palavras novas, nos sentimos muito a vontade com o português. Aprendi a dizer “valeu” para agradecer aos aplausos após terminar cada canção.
Val: Como a banda começou?
Adrian: A banda começou no final de 2011 e começo de 2012, após bandas anteriores terem se separado. Tínhamos o objetivo de fazer um projeto sincero onde poderíamos colocar todas as aprendizagens que conseguimos com o fracasso das bandas anteriores.
Val: Tem alguma banda brasileira que vocês gostariam de tocar juntos?
Adrian: Felizmente tivemos a oportunidade de tocar com bandas brasileiras que gostamos muito, como Garage Fuzz , Better Leave Town, Under Bad Eyes, Blackjaw, Ready to Live, Floating Kid, Zander e Horace Green. Nós gostaríamos de tocar junto com o Dead Fish e Kill Moves, gostamos muito do que eles fazem.
Val: Sobre o novo split, existe um significado para o nome: “No habran arboles que resguarden"?
Adrian: Esse split é sobre a dureza do nosso tempo e a impossibilidade de encontrar um abrigo contra certos golpes da realidade. De qualquer forma, é um nome artístico e acho que você não precisa procurar muita explicação. Trata-se de apreciar a arte como é, sem muitas explicações.
Val: Qual foi o momento mais divertido durante a turnê?
Adrian: Provavelmente o momento mais divertido foi quando fomos a selva em Blumenau. Após entrar 500m na selva, encontramos as cascatas, onde vivem animais selvagens, como aranhas gigantes, serpentes e onças.
Val: Durante os shows, vocês levam a foto de um rapaz e pedem por justiça, poderia nos falar um pouco mais sobre quem ele é?
Adrian: A foto é de Santiago Maldonado, um jovem ativista argentino dos direitos dos povos indígenas (Mapuche). Santiago ficou desaparecido e depois foi assassinado pela Gendarmería Nacional que responde diretamente ao Ministério de Segurança da nação, que longe de se encarregar do evento, adiou a investigação e manipula a opinião pública na mídia para que o evento não vá além. É por isso que é tão importante para nós falar sobre Santiago no nosso lugar de comunicadores.
Val: Qual conselho você gostaria de ter escutado quando a banda começou e qual conselho você dá aos que estão começando?
Adrian: Eu acho que o conselho mais responsável é o fruto de muitas lições, que o melhor caminho para uma banda é aquele que é seguido com trabalho e humildade, com respeito e entusiasmo. Esculpindo sua arte como carpinteiro com nobreza e sinceridade, certamente o levará a transcender as fronteiras de sua cidade e seu país. E acima de tudo aproveite, porque é o que se trata no final, certo?
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