PHCBR Entrevista: Shaun Cooper, baixista do Taking Back Sunday


Em sua segunda passagem pelo Brasil, mas dessa vez como banda principal, o Taking Back Sunday nos traz a sua turnê comemorativa de 20 anos de banda. A apresentação (única) em São Paulo será realizada no próximo dia 17 de março e conta com a produção da Powerline. A abertura ficará por conta da banda Raça.

O TBS além de vir para tocar na íntegra o clássico disco Tell All Your Friends, além de hits de todas as fases da banda, vem também para divulgar a coletânea Twenty, lançada especialmente para comemorar os 20 anos de carreira do grupo de Long Island. Além de clássicos já consagrados, a compilação conta com as inéditas "All Ready To Go" e "A Song For Dan".

Aproveitando a oportunidade, conseguimos entrevistar o Shaun Cooper (baixista do TBS) e ele nos contou um pouco da expectativa quanto ao show no Brasil, planos futuros e outas curiosidades do Taking Back Sunday.
Confira o papo na íntegra logo abaixo:


1 - É a segunda vez da banda no Brasil e estamos bem ansiosos para receber esta turnê. A última vez que estiveram por aqui foi há 7 anos. O que vocês lembram da última passagem e quais as expectativas para o show de São Paulo?
Da última vez que estivemos aí nós nos divertimos muito. Nós estávamos com uma banda chamada We The Kings e nós realmente aproveitamos o tempo que passamos aí. Os shows foram um pouco mais curtos, mas nós lançamos muitos discos de lá para cá, então eu acho que os shows serão muito maiores e muito melhores desta vez e eu estou muito empolgado para ir novamente. Nós realmente curtimos conhecer as pessoas, comer a comida e sair e tal, só curtir a cultura, então eu estou empolgado para ver o quanto isto mudou nos últimos 7 anos.

2 - Uma das marcas registradas da banda é o mic swing, sempre presente nas apresentações ao vivo e já foi até tema de camisetas da banda. Como surgiu isso e como o Adam se sente sendo o grande nome desta "modalidade" de movimento de palco?
Eu acredito que o Adam fica realmente lisonjeado que as pessoas acham isso bacana. Eu acredito que ele viu outras bandas fazendo isso, como o The Who e o At The Drive In e isso pareceu realmente legal e tem muito tempo em que realmente não há cantoria, então ele precisa de algo pra fazer com as mãos dele. Então ele começou a girar o microfone e então ele se tornou realmente bom nisso, ele é o melhor que eu já vi, e eu acho que é algo realmente divertido e ele é ótimo nisso, e meio que virou a marca registrada dele.


3 - Ainda sobre o mic swing. Havia um jogo de internet muito popular na cena, na década passada, chamado Emogame. Em um dos jogos haviam personagens de várias bandas e o Adam era um personagem jogável. Seu ataque especial era girar o microfone ao redor de toda a tela e eliminar os inimigos espalhados por ela. Vocês já viram ou ouviram falar sobre este jogo? Qual a sensação sobre homenagens deste tipo com a banda?
Eu acho que é surpreendente. Eu nunca ouvi a respeito desse jogo mas eu acho que é muito impressionante. Eu acho que a ideia é ótima e isso é muito gratificante. Eu acho que é um ataque muito poderoso também, é perfeito para um personagem de videogame.


4 - Fora as músicas do “Tell All Your Friends”, vocês estão tocando uma porção de clássicos da banda. O que podemos esperar do setlist daqui? Alguma surpresa?
Eu acredito que as surpresas serão que nós vamos tocar algumas músicas que nós não temos tocado muito, como “This Photograph Is Proof”. Nós não temos tocado essa música em vários anos, mas nós costumamos tocar ela em todos os shows, então nós queremos tocar ela. Nós temos feito muitas tours, e nas tours que fizemos fora do Brasil nós focamos nos álbuns mais novos pelos últimos anos, mas agora é hora de olhar para trás e tocar “Tell All Your Friends” do início ao fim e o que mais todos quiserem ouvir porque estamos celebrando os 20 anos da banda. É uma ocasião especial, mas eu creio que essas são as surpresas divertidas, músicas que vocês nunca nos viram tocar ao vivo.


5 - Ainda sobre setlists, o "self titled" foi o primeiro álbum depois da reunião da banda em sua formação clássica, porém ele não aparece muito nos setlists atuais, assim como o “Louder Now” (que era com outra formação, então é mais compreensível). Tem alguma razão pela qual vocês optam por não utilizar tanto ele ou é apenas algo que acontece pelo fato de não dar pra tocar todas as músicas em todos os shows mesmo?
Sim, nós viemos a perceber, você sabe, as pessoas querem ouvir músicas dos três primeiros álbuns. Especialmente nessa tour nós quisemos nos manter distantes de tocar algumas dos seis mais recentes porque nós crescemos muito como banda também, então nós meio que paramos de tocar muitas das músicas do self titled porque tínhamos músicas do “Happiness Is” e músicas do “Tidal Wave” que as pessoas queriam ouvir, então nos shows mais recentes nós tentamos incluir tudo. Agora nós estamos meio que nos voltando para os três primeiros álbuns e estamos tentando dar à todos o que eles querem ouvir desses álbuns. Nós temos tantos álbuns, tantas músicas que infelizmente as menos populares estão no self titled e no “New Again”.

6 - Nos encartes de todos os CDs, as letras são diferentes das versões finais. Essas letras encontradas no encarte são as versões originais, complementares ou o que afinal?
Eu acredito que muitas vezes quando o Adam e o John compõem as letras há um pouco mais de conteúdo nelas do que eles atualmente fazem caber na música, então quando você pega o encarte do CD você meio que tem a letra completa e o que eles queriam dizer quando eles originalmente escreveram ela. Então eles gostam de incluir elas e ver exatamente a perspectiva de que a música estava vindo, e eles conseguem fazer isso um pouco melhor escrevendo elas no encarte.

7 - "Twenty" foi lançado recentemente e é a segunda coletânea da banda. Percebemos que vocês optaram mais pelas músicas que são as "queridinhas" dos fãs do que somente escolher os singles. Como foi a decisão de quais músicas que iriam para a compilação?
Ao longo dos anos nós meio que percebemos o que as pessoas gostam de escutar, quando tocamos ao vivo nós vemos que as pessoas respondem a algumas músicas melhor do que a outras, então nós quisemos incluir todas aquelas músicas na coletânea. Cada membro da banda, os quatro de nós, fizemos listas das músicas que achávamos que deveriam ir nela e elas eram muito similares, então nós só colocamos estas músicas e parece estar funcionando bem.

8 - Ainda sobre o "Twenty". Foram lançadas duas músicas inéditas, uma mais lenta e outra mais agitada. Nos contem um pouco mais sobre "All Ready To Go" e "A Song For Dan" e a mensagem que quiseram passar com elas.
Eu não sei que mensagens nós estávamos tentando transmitir, nós realmente não pensamos nisso antes de gravar. Mark, nosso baterista, teve a  ideia original para ambas as músicas escritas no seu celular. Ele usa GarageBand no celular dele e faz batidas de bateria, partes da guitarra e faz partes de piano, então ele tinha um monte de ideias diferentes. Então eu e ele sozinhos fomos ao estúdio e começamos a fazer delas músicas de verdade, e então enviamos por email para o Adam e o John, e eles fizeram as coisas deles e depois Mark e eu nos reunimos com Adam e John e fizemos delas músicas completamente desenvolvidas. Então foi um processo realmente divertido porque foi apenas nós quatro, nós não tivemos nenhum produtor ou gravadora, colaborações externas, então foi realmente divertido. E eu acho que a ideia foi que nós passamos por tantas coisas nos últimos anos, nós 4, eu acho que o conteúdo das letras reflete algumas experiências difíceis pelas quais passamos e eu acredito que as músicas saíram muito boas. Eu estou muito orgulhoso delas.

9 - No ano passado, Ed Reyes, que era membro desde o início, deixou a banda. Como isso aconteceu e como vocês acham que muda na banda com a ausência dele?
Eu não sei. Eddie está fazendo o que ele precisa fazer para cuidar de si mesmo agora e isso é importante e nós estaremos felizes de tê-lo de volta a qualquer momento que ele estiver pronto.

10 - Vocês têm diversos álbuns lançados, fora uma porção de b-sides incríveis. Ao decorrer da carreira, existem músicas que acabam tendo menos atenção que as outras. Existem músicas que vocês nunca tocaram ou tocaram poucas vezes ao vivo que vocês queriam ter utilizado mais? Se sim, quais?
Sim. Do nosso self titled, a música “El Paso” que foi uma das músicas mais divertidas de tocar e eu gostaria de toca-la mais. Nós tocamos ela de vez em quando para nós mesmos, mas as pessoas assistindo não parecem gostar muito dela, elas costumam ir ao banheiro quando nós tocamos.


11 - Após a turnê do “Twenty” vocês já planejaram algo para a banda?
Nós temos vários planos indefinidos, mas essa tour vai até o fim de 2019. Nós temos muito trabalho a nossa frente. Mas quando essa tour acabar, nós vamos trabalhar em um álbum novo.

12 - Gostaríamos de agradecer pelo tempo de vocês e pela atenção. Sintam-se livres para deixar uma mensagem para os fãs da banda.
Muito obrigado por ouvir e nós estamos muito empolgados para tocar. Eu mal posso dizer quanto nós estamos esperando por isso, nós estamos muito ansiosos. Muito obrigado por me receberem.




Taking Back Sunday em São Paulo

Data: 17/03
Local: Fabrique Club - Barra Funda

Ingressos:
1º lote R$110 (Meia entrada / Estudante / Promocional*)
2º lote R$130 (Meia entrada / Estudante / Promocional*)
Camarote 1º lote R$180 (Meia entrada / Estudante / Promocional*)
Camarote 2º lote R$200 (Meia entrada / Estudante / Promocional*)

*(Promocional para não estudantes doando 1 kilo de alimento não perecível)

Censura: 16 anos

Online: https://pixelticket.com.br/eventos/2696/taking-back-sunday-celebrating-our-20th-anniversary
Venda física sem taxa (somente em dinheiro) a partir da próxima segunda (15/10) na Loja 255 na Galeria do Rock.
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