Estamos a poucos dias da sexta edição do Oxigênio Festival, a maior de todas até então, e tivemos oportunidade de entrevistar alguns nomes do line-up que conta com mais de 30 atrações. O festival vai rolar nos dias 13, 14 e 15 de Setembro, na Via Matarazzo, localizado próximo ao bairro e metrô da Barra Funda, em São Paulo.
Conversamos com Caio Weber, líder da Cefa, que nos conta um pouco sobre a fase atual da banda e sobre como estão os ânimos da banda para o festivaal. A banda acabou de lançar o clipe da música ";", e o trabalho está incrível. Se você estava querendo uma música que conversa com você, assista ao clipe sem medo de se emocionar!
Faz alguns anos desde a última vez que conversamos com vocês. O tempo passou e a banda amadureceu também. Houveram fases bem distintas até chegar ao momento atual. Como vocês vem a cefa atual em relação aos trabalhos anteriores?
Eu reafirmaria o que você disse acima, acho que estamos mais maduros, tanto na sonoridade quanto nas ideias. A Cefa é uma banda que sempre sofreu mudanças muito drásticas desde sua formação, principalmente com relação a troca de integrantes (que hoje eu vejo como algo bem prejudicial pro desempenho da banda). Como atualmente a banda é um duo formado por mim e pelo Gabe (pelo menos ao que diz respeito a composições, ideias e gravações) e estamos trabalhando dessa forma desde o ano passado, acho que as coisas tem ficado cada vez mais coesas, agora a gente tem duas cabeças pensando somente no resultado final da música, e não em "cada um fazer o seu".
A temática das letras também está abordando temas bem diferentes dos anteriores. Em relação a letra de invisível, como foi a inspiração para escreve-la e como foi a sensação ao escutar o produto final pela primeira vez?
Eu escrevi essa letra em meados de 2015, eu acho, depois de ter acompanhado uma ação solidária com moradores de rua. Fiquei tão impactado com as histórias dessas pessoas e ao mesmo tempo tão revoltado por ver que enquanto eu posso descansar tranquilo no conforto do meu lar muitas pessoas simplesmente não tem um teto pra se abrigar. A música ficou engavetada por alguns anos até que o Gabe e eu resolvemos rearranja-lá (assim como fizemos com "Fantasmas" e com nosso novo single ";" e ficamos muito satisfeitos com o resultado final.
Foi a primeira vez que gravamos apenas batera e voz no estúdio, eu gravei a minha linha de guita em casa e o Gabe fez a guita dele e o baixo na casa dele, parece besteira, mas essa forma solitária de trabalhar fez toda diferença.
A Cefa está revisitando alguns sons antigos de uma forma diferente. Foi difícil transformar essas músicas de forma natural para a formação atual?
Na verdade nem um pouco, pelo contrário, foi extremamente divertido. Como eu disse, eu e o Gabe somos os únicos responsáveis pelos arranjos da banda agora, então, quando fizemos uma pré-produção desse novo show, pensamos nos instrumentos de uma forma bem funcional e de acordo com o nosso gosto pessoal que é muito parecido. Tiramos os excessos e focamos em coisas que segundo nossa experiencia funcionam melhor ao vivo. Quando começamos a ensaiar com o Giovani e o Brunão, que são nossos integrantes de show (baixista e baterista, respectivamente) sentimos que as mudanças nos arranjos foram essenciais.
Os shows atuais estão repletos de energia e uma resposta muito visceral do público. Público este ao qual a banda sempre foi muito próxima. Qual a importância do público para a banda e qual mensagem vocês queriam deixar para eles agora?
Toda a importância do mundo. Pra mim, uma banda só existe de verdade se estiver na estrada, fazendo shows, e isso só é possível com a existência de um publico, sejam 2 ou 2k pessoas, o que importa, pelo menos pra gente, é essa troca de energia, é olhar no olho dessas pessoas e cantar o mais forte que eu puder junto delas coisas que eu escrevi pra sobreviver e que elas também usam no dia a dia pra sobreviver. Eu entendo como público a pessoa que sai do conforto da casa dela pra nos ver tocar, porque elx quer que a gente veja no olhar delx o quanto suas músicas significam, e cara, pra essas pessoas tudo me resta dizer é: Obrigado! Se eu e meus amigos não desistimos de tudo até aqui, vocês são os responsáveis!
Sobre o oxigênio, vocês estão muito ansiosos para o festival? Qual a expectativa para ele e o que o público pode esperar de vocês?
Ansiedade é só o que eu sinto desde já (risos). É a primeira vez que a gente vai se apresentar em um festival desse porte e bem no dia que tocam bandas que nos influenciaram desde molequinho como é o caso do CPM22, e de bandas que formaram meu caráter na adolescência como o Dead Fish e nossos conterrâneos do Sugar Kane. A gente nunca ensaiou tanto pra um show, e embora seja um set curto, o que o público pode esperar da gente é o que a gente busca oferecer todo show, uma experiencia intensa, real e bem emocional, vamos dar tudo de si naquele palco e eu espero que as pessoas possam se divertir tanto quanto a gente.
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E se você leu a entrevista até aqui, não custa nada conferir o trabalho novo dos caras.
Spoiler alert: a fotografia também está muito bonita! É só apertar o play e decorar a música o pra cantar junto nos shows:
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