Posthardcore Br entrevista: Chunk! No, Captain Chunk!

No dia 30 de abril de 2016 a banda francesa de easy core Chunk! No, Captain Chunk esteve em São Paulo, no Ozzy Pub, para  sua primeira turnê brasileira, que passou pelos estados de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.

Estivemos com a banda durante todo o sábado, acompanhamos o show e ainda tivemos uma entrevista exclusiva com o vocalista, Bert Poncet. Nós pedimos para que vocês nos encaminhassem suas perguntas no twitter e na fanpage, e as melhores foram selecionadas e entraram para a entrevista!

Antes de tudo, preciso dizer o quão adoráveis todos os integrantes são. Extremamente gentis, engraçados e atenciosos. Das várias bandas com quem já trabalhei, de longe foram uma das mais calorosas e me presentearam com uma tarde/noite bastante agradável.

Abaixo você confere a tradução (bem resumida) do meu bate-papo com o Bert. Para conferir o áudio com a entrevista original na íntegra, clique aqui.

Como vocês se sentem a respeito deste 'boom' do pop punk/easy core nos últimos dois anos?

B. Poncet: Tem sido bastante interessante, pois tocamos o mesmo tipo de música desde 2007 e nos últimos dois anos temos visto muito mais faixas/cartazes com hashtags"easycore revival 2015/2016" ou "#easyrevival". Eu não entendo de fato o por quê ou como isso tem acontecido, mas fico grato porque aconteceu, afinal de contas, as pessoas estão falando de nós e de grandes outras bandas, então mesmo que eu não realmente entenda, é bom para nós e bom para os negócios.

E você sentiu que essa situação impactou na cena local francesa? 

B. Poncet: Eu acredito que sim. Embora sejamos poucas bandas signed, existem muitas bandas locais e a cena está crescendo, e acredito que seja hora das gravadoras tirarem proveito disto, pois o easycore é definitivamente uma cena em todo o mundo, em todos os lugares estão falando sobre isso.
A questão toda é que isso (a cena) foi feito para ser local. Eu vejo pessoas se divertindo, fazendo música com seus amigos e é exatamente assim que esse tipo de música deve ser.
Quando você pensa no Blink 182, no antigo Blink, você pensa em músicas onde eles estão se divertindo, fazendo piadas, é assim que pop punk deve ser: feliz, divertido e é esse tipo de essência que tentamos manter.

Como vocês se sentem sobre serem frequentemente comparados a bandas como Four Year Strong e A Day To Remember? 

B. Poncet: Na verdade, o FYS é a razão pela qual o Chunk existe. Ambas bandas são incríveis, mas com o passar dos anos nós tentamos trabalhar em um som mais original, único e encontrar nossa essência. A comparativa ao ADTR também faz sentido, embora hoje nós busquemos ser mais contrastantes, entre algo pesado e melódico, quase bipolar.
Eu acredito que em algum ponto, toda banda encontra sua própria voz e você deixa de querer soar como outra pessoa - e isso é incrível, pois quando alguém me diz que quer começar uma banda como C!NCC, eu me sinto lisonjeado, pois significa que o nome Chunk! No Captain Chunk significa algo, encontrou seu lugar dentro da música. É uma conquista pra nós.

E isso não é nada fácil, porque faz com que você desconstrua tudo aquilo que conhece, se abra para novas coisas e seja obrigado a pensar fora da caixa. Pardon My French, por exemplo, levou mais de um ano para ser escrito, pois nós buscávamos nossa essência como banda. Neste período, por exemplo, eu ouvi muito pop, radio music, Taylor Swift, Katy Perry, etc.

Vocês têm dividido o palco com muitas bandas novas que estão estourando por aí. Dentre elas, alguma favorita?

B. Poncet: Eu não diria favorita, mas houveram bandas com quem tocamos que nos surpreenderam absurdamente ao vivo. Por exemplo, houve uma turnê americana com o ADTR, em 2014, eu sabia que eles bons, mas assim que subiram ao palco, eu fiquei "wow". 
Em 2013, tocamos com o Bring Me The Horizon na Austrália e foi absurdo. Muita gente havia me dito que eles não eram tão bons ao vivo, mas foi simplesmente incrível.
A verdade é que você não pode criar expectativas sobre uma banda, você apenas se entrega e deixa ser surpreendido.

O que vocês já sentiram do público brasileiro? A maior parte das bandas não espera que sejamos tão empolgados, e acabam se surpreendendo. Qual foi sua impressão até agora?

B. Poncet: É nossa primeira vez no Brasil e tocar em um novo país é sempre um desafio, pois se trata de um novo mercado e nós não sabemos realmente como nosso nome tem sido divulgado. O que conseguimos ver em Curitiba foi muito bacana, embora uma cena pequena, todos estavam curtindo o momento, comprando cds e camisetas - e isso é exatamente o que nós queremos ver. Eu prefiro ter uma plateia pequena se divertindo que tocar para uma multidão entediada, então foi muito bacana até agora. E nos disseram que São Paulo seria simplesmente incrível, então minhas expectativas estão bem altas.

Nós gostamos de tornar cada momento pessoal com cada um dos fãs, envolver os fãs durante o show... Nós não somos rockstars. Nós somos um bando de caras querendo fazer música e se divertir, e isso torna a experiência muito melhor para todos nós.

Gostaríamos de agradecer aos parceiros da Solid Music Entertainment pela recepção e atenção com a nossa staff. É sempre um prazer trabalhar com vocês!
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About May (@deadlycorpse)

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