Um dos principais nomes do Metal/Hardcore nacional, a John Wayne, será a banda responsável pela abertura do show único dos estado-unidenses do Between the Buried and Me aqui no Brasil. O evento será no dia 15 de março na Fabrique Club, em São Paulo. É mais uma produção organizada pela Agência Powerline.
Tivemos a oportunidade de bater um papo com o Rogério Torres, integrante da John Wayne, que comentou sobre a tour e o bom momento que a banda vem passando, após mudança na formação e com o novo disco e ótimo disco "Purgatório".
Confira!!
Primeiramente obrigado por aceitar essa conversa conosco, e já falando sobre o show, o que esperam da experiência de abrir um show a uma banda influente como o Between, e se já usaram ela como influência em algum som de vocês?
Nós que agradecemos pelo espaço aqui. Obrigado. O Between The Buried And Me é uma banda com 20 anos de estrada, o dobro do tempo que nós temos de banda. São referência no estilo e poder subir no mesmo palco que eles é algo que nunca imaginamos. Estamos muito ansiosos por isso. Nós ouvimos muita coisa diferente, cada um no seu estilo, de todos da banda eu e o Edu (bateria) somos os que mais ouvem prog. De alguma maneira é possível que tenhamos absorvido alguma influência deles sim em algum momento, mas claro, se aconteceu, não foi nada planejado. O momento da composição tem que ser livre e deixar rolar o que vem ali na hora, sem direcionar.
Vocês lançaram no fim do ano passado o álbum Purgatório, nesse show os fãs podem esperar mais sons do disco novo ou uma mistura de toda a carreira da banda?
Sim, o “Purgatório” saiu em novembro de 2019, um disco bem recente e que foi muito bem aceito pelo público. Com certeza, vamos tocar as principais faixas dele, mas nunca deixamos de tocar os clássicos dos nossos trabalhos mais antigos, então, a galera pode esperar um show bem dinâmico, com sons de todas as fases da banda.
E falando sobre o álbum, como foi a recepção do disco pelo público? E já emendando sobre o vídeo de Midas, onde no youtube mostrou boa recepção, como foi dada a escolha dessa música para ver o vídeo?
O artista quando compõe um disco, quase sempre ele já sabe quais são as músicas mais fortes. No nosso caso, “Midas” era uma delas. Não tinha como ser outra, tanto pelo tema, o apelo, quanto pela força da música em si. Parece que acertamos na escolha. Esse é o som que o nosso público mais canta desse mais recente álbum.
Algo que tem sido usado em diversos setores é o financiamento coletivo, e o álbum Purgatório teve esse financiamento onde conseguiram passar da meta estipulada. Como foi a experiência, a recepção dos fãs, e essa ajuda o quão importante foi para a estrutura desse álbum?
Uma banda independente passa por inúmeras dificuldades para se manter na ativa por tanto tempo. A parte financeira é uma delas. Nós tínhamos 10 faixas incríveis na mão, mas não tínhamos verba para gravar o disco. Nos reunimos e decidimos que esse era o momento de colocar os fãs para fazerem parte disso.
Deu muito trabalho, mesmo. Não é fácil. Mas todo o nosso esforço somado com o carinho e suporte dos nossos fãs fez com que a campanha fosse um sucesso.
Sem esse financiamento é provável que não lançaríamos esse disco tão cedo, então, podemos dizer que os fãs foram quase que 100% responsáveis pelo “Purgatório”.
O cenário Brasileiro sempre foi algo gigantesco e sempre com grandes bandas. Vocês já tendo uma grande estrada e um grande nome no cenário, como vocês veem o cenário atual brasileiro? E quais bandas atuais vocês têm ouvido para recomendar para nós?
O Brasil é muito grande e cheio de talentos espalhados por aí, muitas vezes escondidos pelo seu interior. A cena metal/hardcore underground sempre tem seus altos e baixos. Normal. Tivemos uma alta enorme de 2011 a 2014 e uma baixa de 2015 a 2018. Vejo que agora a coisa voltou a aquecer. Novas bandas surgindo, bandas mais antigas voltando com tudo e lançando coisa nova, o público voltando aos poucos a colar nos shows. São fases, mas o cenário sempre esteve aí, firme e forte e nunca vai morrer.
Uma banda que surgiu no ano passado e que estamos pirando se chama MEE. Os caras são demais, um som bem fora da curva mesmo. Uma banda que não é tão nova, mas que tem cada vez mais evoluído e trabalhado pesado é a HUMAN KRAKEN aqui de São Paulo. FIM DA AURORA é uma banda de Jundiaí/SP, os caras também representam demais a cena, já fizemos uma turnê juntos em 2018 e foi incrível. Sei que é até injustiça não mencionar tantas outras, mas realmente são muitas, não daria para enumerar aqui e isso é muito bom.
A banda mesmo com um disco recente, já tem algo novo preparado, ou não pensam nisso ainda?
Nós estamos sempre de olho no próximo passo. Quando o disco saiu já tínhamos ideias para os próximos trabalhos. Não digo um disco novo, mas podem esperar coisa nova ainda em 2020. Estamos trabalhando duro para isso.
Muito obrigado pela conversa e deixem um recado para quem estará lendo, quem é fã e quem está conhecendo a banda.
Muito obrigado pelo espaço aqui, muito bom ter veículos de mídia cobrindo eventos e falando de bandas do underground.
Agradecemos também a todos os nossos fãs, que sempre nos apoiam em todas as fases da banda e em todas as nossas empreitadas. Sem vocês nada teria sentido. De coração, muito obrigado. Ah, e claro, colem no show, que vai ser demais! Abração!
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